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Nielsen contesta dados do Tidal e diz que “ANTI” da Rihanna vendeu menos de mil cópias nos EUA no dia do lançamento


Bafafá envolvendo o número real das vendas do álbum “ANTI”, da Rihanna. Depois de estrear em 27º lugar na Billboard 200, porque teve uma “semana” curta de pouco mais de 24 horas de contagem (o “ANTI” não foi lançado na sexta, como é praxe atual), o disco está no meio de uma polêmica. Enquanto o Tidal diz que, fora o milhão de downloads gratuitos, houve outros 484.833 que foram pagos, naquele primeiro dia de buzz, a Nielsen Music, empresa que cuida desses dados há décadas para a Billboard, contesta. Os 484 mil são irreais para ela. Segundo o New York Times, a Nielsen registrou menos de mil cópias vendidas de verdade nos Estados Unidos nesse período de um dia e algumas horas. Mais precisamente, 460 unidades. Não 460 mil. 460 mesmo.

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Como são os dados da Nielsen que vão para as paradas da Billboard, merecem atenção. Desse modo, o “ANTI” só teria alcançado a 27ª posição na parada de discos por causa da equivalência de streamings. Foi aí que Rihanna pontuou bem, com 4,2 milhões de streamings do álbum no país em pouco mais de 24 horas, segundo a Nielsen. Vale lembrar que, pouco antes do lançamento gratuito no Tidal, a plataforma “vazou” o disco e links de downloads ilegais se disseminaram rapidamente na Internet. A pirataria digital, tanto de download quanto de streaming, obviamente não conta. É importante lembrar, também, que o “ANTI” só saiu em formato digital. O álbum físico será lançado nos Estados Unidos na próxima sexta (5/2).

“ANTI” é fruto de uma parceria da gravadora da Rihanna, a Roc Nation, o Tidal e a Samsung, que investiu US$ 25 milhões no lançamento. 1 milhão de cópias foram adquiridas pela Samsung e repassadas gratuitamente para o público, experimentando uma distribuição diferenciada na indústria – grátis para os ouvintes, mas com lucros assegurados para o artista e os técnicos envolvidos. Mesmo assim, a Associação Americana da Indústria Fonográfica (RIAA) reconheceu o “ANTI” com certificado de platina no dia do lançamento oficial. A Billboard, não.

Reportagem do jornal britânico The Guardian, tratando desses números, diz que depende do ponto de vista se o “ANTI” é um sucesso ou um flop. “Nesta fase inicial do seu ciclo de lançamento, ele se apoia em downloads gratuitos massivos, uma sensação de streamings e uma vendagem morna. O ponto, no entanto, é que as paradas mudaram nos últimos anos e, portanto, o critério de sucesso está sendo forçado a mudar em sintonia com ele”, diz a matéria.

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