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Membro do P9 critica declaração racista do Fly: “falta de trança, digo… transa”


Não tem jeito: a declaração do Caíque Gama, do grupo Fly, sobre tranças é o assunto do momento. A polêmica sobre racismo ganhou as redes sociais e outros artistas estão se pronunciando sobre o tema. Enquanto o cantor tenta convencer as pessoas de que “o racismo está nos olhos de quem lê”, ele continua enfrentando as consequências de seus atos. Guilhermme dos Santos, do grupo concorrente P9, compartilhou o trecho da matéria em que o Fly dá sua opinião sobre tranças e criticou o fato de todos rirem do que Caíque disse (foto mais abaixo). Ele também fez questão de mostrar que não foi convencido pelo papo de que a expressão “cabelo ruim” nada tinha a ver com etnia. “Será que dá para fazer trança em ‘cabelo bom’?”, questionou no Twitter. “Deve ser falta de trança, digo… transa”.

caique gama guilhermme santos

Guilhermme também compartilhou uma nota oficial da revista que publicou a matéria, isentando-se de culpa e endossando o que Caíque disse. Segundo a publicação e o cantor teen, “cabelo ruim” teria a ver com “bad hair day”, aquele dia em que seu cabelo não acerta por nada. “Ainda bem que o Brasil já tinha imaginado isso mesmo, né? Erro de quem? Vai saber… Mas a questão é que foi publicado e deram azar do Brasil todo ver”, twittou Guilhermme, ironizado a tentativa de reconstruir os fatos. Obviamente, ele teve que lidar com ataques dos fãs do Fly, mas não se intimidou. “Gente, nem falei de banda, até porque não tenho nada contra. Falei do que saiu na revista, e que continuo não achando nada legal… Se você acha, que triste”.

Caíque garante que não é racista e que foi mal interpretado. Segundo ele, “racista é quem comenta em suas fotos chamando-o de branquelo azedo”. “Isso é bem mais sério do que podem imaginar. Fica aqui meu pedido de desculpas aos que se sentiram ofendidos. COM CERTEZA não era essa a intenção. Jamais imaginei que uma frase pudesse causar tanta discussão e caos”, escreveu no Instagram. “Quem não me conhece vai vir xingar, vir falar mil besteiras, as pessoas inclusive caçam assuntos, besteiras que fizemos no passado para esfregar isso na cara. Sou do pensamento que estamos aqui para aprender e evoluir. Toda essa situação só me ensina a cuidar cada vez mais das palavras, já que somos pessoas públicas e formadoras de opinião de crianças e adolescentes”.

atrevida

Nathan Barone, outro integrante do Fly, admitiu que o amigo errou nas palavras. “Eu também não concordei com o Caíque. Mas não foi por mal”, escreveu no Facebook. “Pegou mal mesmo. Já conversamos com ele sobre isso. Sobre o bafafá do tal ‘cabelo ruim’, que pode ser o meu no caso (porque cada um tem o seu conceito sobre o que é bom ou ruim), muitas pessoas relacionaram isso a racismo. Não discuto e não tiro a razão das pessoas que se sentiram ofendidas, mas acredito também que um comentário desse, sem intenção de magoar alguém, não pode criar um reboliço enorme na Internet por conta de uma pessoa que colocou na cabeça de outras que fomos ofensores. Eu me senti ofendido por dizerem que eu e os integrantes da banda somos isso ou aquilo”.