Melanie Martinez é um nome conhecido de quem acompanha o “The Voice EUA”. Ela participou da 3ª temporada do programa, no time do Adam Levine, e lançou seu primeiro álbum neste ano. “Cry Baby”, como se chama o disco, entrou no Top 10 das paradas americana e britânica, e rendeu à cantora dois shows no Brasil, marcados para os dias 27 (em São Paulo) e 29 (no Rio de Janeiro). Duas semanas antes de embarcar, ela conversou com o POPline por telefone para contar um pouco de sua expectativa para as apresentações.
Ela está particularmente empolgada por levar sua música para fora dos Estados Unidos tão cedo. Afinal, o disco foi lançado há apenas três meses. Mas a verdade é que ela tem uma base de fãs forte no Brasil. Ela ficou em 1º lugar na parada de clipes de julho do POPline, e seu disco foi o mais vendido da loja Regards em agosto e outubro. Sucesso!
Você já tinha pensado em viajar para cantar em um lugar distante como o Brasil?
Oh, sim! Sempre quis viajar para cantar em outros lugares e ir ao Brasil é realmente maravilhoso. Estou muito empolgada para cantar para vocês, fora dos Estados Unidos. Vai ser muito importante para mim dar esse passo e chegar a outro lugar.
Você tem contato com os fãs brasileiros pela Internet?
Sim, com certeza! Eu recebo muitos tweets de pessoas pedindo para eu ir ao Brasil, e estão todos muito empolgados com esses shows que vou fazer aí.
O que você espera desses shows em São Paulo e no Rio de Janeiro especificamente?
Eu espero que a gente se divirta muito! Quero conhecer as pessoas, ver as pessoas. Estou muito empolgada com isso.
Recentemente, você reclamou nas redes sociais das pessoas que ficam gritando nos shows enquanto você está cantando. Como é a plateia ideal para você?
Oh! Eu gosto das pessoas que cantam as músicas junto, o que é sempre legal, mas também gosto das pessoas que vão realmente interessadas em ouvir. O ideal para mim seria, você sabe, prestando atenção realmente e se divertindo, em vez de gritar coisas inapropriadas ou ficar conversando. Eu não estou fazendo shows muito grandes, então posso ouvir as pessoas gritando em cima de mim, e isso me deixa mal, porque parece que não querem ouvir a música. Isso distrai minha atenção.
Você tem 20 anos e seus fãs são ainda mais novos. Você se preocupa em ser um exemplo para eles?
Honestamente, eu acho que o melhor exemplo que posso dar é ser eu mesma e ser honesta, sem tentar parecer alguém perfeita, porque isso não é realista. Eu adoraria ser um exemplo no sentido de motivar e inspirar as pessoas a criarem arte. Música tem que ser assim. Ser um exemplo é, na verdade, ser um ser humano. Não estou tentando ser presidente. Só quero fazer música, então prefiro mostrar às pessoas quem eu sou, esse ser humano imperfeito, que não é uma boneca Barbie ou algo assim.
Seu álbum “Cry Baby” foi Top 10 na Billboard 200. Você vai continuar a divulgação, com mais singles e clipes?
Sim, eu vou lançar vídeos para todas as músicas do álbum. Hum… Er… Talvez outras músicas do álbum se tornem singles, mas não tenho certeza ainda. Estou focada em fazer os clipes e contar a história visual do álbum.
E quando esses clipes serão lançados?
Ainda não sei. Estou tomando meu tempo, porque quero que saiam perfeitos.
Algumas críticas compararam seu disco com a sonoridade de Lana Del Rey e Lorde. Você concorda com esse ponto de pista?
Hum… As pessoas sempre vão fazer essas comparações, não importa o artista que você seja. Então, eu realmente não falo sobre isso. Eu sei quem eu sou e isso é tudo que importa.
Seus fãs brasileiros votaram muito e o clipe de “Sippy Cup” foi nº1 na nossa parada do POPline de julho. Eles realmente querem te ajudar a ficar mais famosa aqui. O que você acha disso?
Ah! Eu acho que é muito fofo que eles apoiem tanto a mim e minha música. Aprecio isso de verdade e sou muito grata a todos meus fãs.
Você lançou o disco há três meses e li que já está pensando no próximo álbum. Não é cedo demais?
Eu sou uma compositora, então meu foco principal é criar. É tudo que me importa. Eu sou diferente. Acredito que cada artista é diferente, mas, honestamente, minha parte favorita é criar músicas novas. Estou sempre compondo, mas isso não significa que há um álbum a caminho. Estou tomando meu tempo. Vou me certificar de ser perfeito, porque quando te dão um mês para fazer um álbum… isso é ridículo. Eu nunca faria isso, em detrimento da qualidade do disco. Estou experimentando, tomando meu tempo e escrevendo, porque amo escrever.
Você falou em uma entrevista que tinha um conceito sobre “Cry Baby” deslocado para outro lugar. Como é isso?
Na verdade, eu ainda não tenho um conceito que me sinta segura para compartilhar. Como você disse, é muito cedo. Não tenho ainda nada para falar sobre o próximo álbum.
Com “Cry Baby”, você vai abrir os shows da turnê do Adam Lambert em 2016. Como se deu essa parceria?
Eu não sei! (risadinha) Aconteceu, simplesmente. Para ser honesta, não sei o que acontece nos bastidores da gravadora, mas é uma oportunidade de cantar ao vivo e eu achei maravilhosa. Estou muito empolgada. Vai ser divertida!
Você já o conheceu?
Não, ainda não.
Há outros artistas com os quais você gostaria de entrar em turnê?
Não sei… Nunca pensei nisso. Não, não sei. É uma boa pergunta. Vou pensar nela e outro dia te respondo. (risinhos)
Você começou no “The Voice EUA” e está se saindo melhor do que outros cantores do reality show. Por que você acha que o público se esquece dos candidatos quando o programa acaba?
Eu acho que isso acontece porque o foco principal é no programa. É um artista fazendo um programa. Não há preocupação com o depois.
Você ainda está no início, com um único álbum. Como imagina sua carreira daqui a dez anos?
Não sei… Gostaria que minhas músicas tivessem construído uma história, sabe? Gostaria de continuar compondo. Na verdade, eu me vejo fazendo exatamente o que faço agora: escrevendo músicas e sendo uma artista.
Para terminar, diga algo para os fãs brasileiros.
Eu amo muito vocês e estou muito empolgada para encontrá-los. Vai ser muito divertido.